27 abril 2006

Mentalidade preguiçosa

Aqui tentamos lutar contra as interpretações de uma mentalidade preguiçosa e deploravelmente colonizadora que entende os actos africanos e, portanto, moçambicanos, como predeterminados, como se nada pudesse ser mudado porque tudo está, desde sempre, preconstruído. Na verdade, parece ser difícil hoje em África reflectir sobre essa mania à Tacott Parsons, quase algorítmica e bem eleática (sabeis, a do voo da seta, a qual verdadeiramente nunca se moveria na sua sucessão de estados de repouso), de reduzir a sociedade a estados congelados, pré-fabricados, de fisicalizá-la e, portanto, de naturalizá-la, remetendo-a para outra coisa (Razão, Lei, Costume, Tradição, Autoridade, etc.) que não para ela própria no seu constante, plural, poligonal e histórico fazer-se e pensar-se.

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