29 outubro 2014

Situações delicadas

Ontem, o porta-voz da Renamo foi citado dizendo que a ideia de um governo de unidade nacional não era da Renamo, mas do Alto Comissariado do Canadá. Aqui. Ontem, também, o embaixador português em Moçambique lamentou que uma mensagem falsa e caluniosa distribuída por sms o tenha colocado, juntamente com os seus homólogos dos Estados Unidos e Itália, como instigador da violência da Renamo contra os resultados das eleições de 15 de Outubro. Aqui.
Observação: estamos perante duas situações muito delicadas, uma via dito público mencionando o Canadá e outra via sms mencionando os embaixadores de Portugal, Estados Unidos e Itália. Entretanto, ontem ainda, alertei para o risco de proliferação de boatos na internet. Aqui. A Comissão Nacional de Eleições deverá anunciar até amanhã os resultados finais das eleições e pode acontecer que até ao anúncio - e mesmo depois - venham a surgir mais boatos, seja por sms, seja através de blogues e páginas das redes sociais digitais, intencionalmente produzidos e distribuídos.
Adenda às 18:04: pela voz do jornalista Boaventura Mandlate, a "Rádio Moçambique" reportou no seu noticiário das 18 horas, citando fontes anónimas, que o embaixador do Estados Unidos em Maputo, Douglas Griffiths, encontrou-se com os presidentes da Renamo e do MDM, respectivamente Afonso Dhlakama e Daviz Simango, a quem aconselhou a não aceitarem os resultados eleitorais a divulgar amanhã e a desencadearem acções de protesto.
Adenda 2 às 18:08: a notícia transmitida pela "Rádio Moçambique" traz para a cena política nacional um conteúdo inquietante. Para já, uma pergunta: quem são as fontes anónimas?
Adenda 3 às 18:46: falta acrescentar que os jornalistas Emílio Manhique da "Rádio Moçambique" e Gustavo Mavie da "Agência de Informação de Moçambique" afirmaram à "Rádio Moçambique" no noticiário das 18 horas que receberam ameaças de morte via sms.
Adenda 4 às 18:51: até este momento, não há alguma reacção no portal da embaixada americana em Moçambique, aqui.
Adenda 5 às 19:48: até agora, não há notícia de Griffiths, Dhlakama e Simango terem sido ouvidos pela "Rádio Moçambique". O portal da emissora é, até este momento, omisso sobre a notícia da adenda 1.

Sem comentários: